sexta-feira, abril 21, 2006

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALAMOS... DO ALÉM DA IMAGINAÇÃO

“Ai, que saudades do Além!”...

Esta é a frase que sempre ouvimos quando encontramos algum “filho do Além” perdido por aí. Claro que a frase é seguida por um longo suspiro e um olhar distante e isso certamente nos deixa, a mim e a Lucio, muito felizes. Assim sabemos que todo aquele trabalho, aquele sonho chamado Além da Imaginação valeu a pena, teve seu tempo e marcou, carinhosamente, a vida de muitos que por ali passaram suas tardes jogando RPG, assistindo aos filmes e seriados de TV que exibíamos sempre, lendo gibi, participando de algum curso ou evento de tarot, conversando, enfim, vivenciando um espaço único, criativo, inteligente e acima de tudo, democrático. As mais diferentes tribos se encontravam no Além e mesmo quando alguém se estranhava, rapidamente era envolvido em outra atividade e quase sempre tudo dava certo. Foram memoráveis as Festas Anuais de Jornada nas Estrelas, bem como os aniversários do Além, sempre com alguma novidade: dança, música, esquetes teatrais, brincadeiras, sorteios, gincanas...

Ai, que saudades do Além!

Foram sete anos de muitas atividades e uma profusão de novos conhecimentos, de pessoas importantes e especiais – cada uma do seu jeito – de uma riqueza ímpar como experiência cultural e humana. Tanto é, que já estamos Lucio e eu, tirando da abstração a idéia de colocarmos em livro esta fantástica realização. Estamos começando a analisar todo o material – que é muito – registrado dos eventos, das pessoas, dos projetos para dinamizá-los em uma estrutura literária. Passar adiante sete anos bem vividos de uma efervescência lúdico-cultural sem comparação na cidade de Niterói. Quiçá no estado, no país, no mundo! (menos, Lucia, menos...) Ok! Está certo, mas a verdade é que estamos aqui, filhos do Além, marcados eternamente por aquela vivência, e a maioria com certeza mantêm na lembrança boas recordações e histórias para contar aos filhos, já que os jovens de 1989, 90 e 91 hoje são pais, são profissionais que de vez em quando suspiram profundamente e dizem “Que saudades do Além!”.

Lu Abbondati

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