segunda-feira, julho 24, 2006

DA ESPERANÇA E DA FALSA ESPERANÇA -------- (da série Pareceres)


Quando a Caixa de Pandora foi aberta e os males invadiram a humanidade,
dizem que restou em seu interior, num cantinho, bem escondida,
esta tal de Esperança.


Esperança que ocupa a boca de muita gente que espera e nada faz,
porque espera.


O que espera ?


Espera por algo ou por alguém que lhe tome no colo, proteja, abrigue,
que tome as rédeas de seu destino e que não lhe obrigue a fazer escolhas.
Tudo democraticamente, é claro!


Esperança que dizem ser a profissão do brasileiro, que espera e nunca alcança, que deseja e sonha deitado eternamente na Esperança.


Esperança falsa, mentirosa, que ilude, acovarda, acomoda.


Esperança de “grande pai”, de “salvador”, daquele que fará por nós, que
somos tão incapazes...


Durante muito tempo usamos Esperança como sinônimo de Fé – em outrem, dogmática e inatingível.


A Esperança venceu e nos deu “um presidente paz e amor” porque esquecemos de sua morada original – a caixa de todos os males – o que faz todo sentido.


Instigo a que troquemos a palavra para transformarmos o conceito, do eterno e inútil esperar da Esperança, para o ativo, premente e verdadeiro ato da Coragem.


Que Fé e Esperança sejam, de agora em diante – Coragem!


Assim, talvez, ainda possamos nesta encarnação vivenciarmos a diferença de um novo paradigma.

Lu Abbondati

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