quinta-feira, junho 29, 2006

COMO UMA CASA NO CAMPO


A segunda casa do mapa astrológico é originalmente de Touro, signo fixo de Terra, aquele que fertiliza e ara os campos, prepara para o cultivo e sensualmente vivencia as estações. É a casa dos bens e dos valores. Aquilo que se valora, aquilo a que damos valor. Cada um de nós conforme nossos princípios e padrões.

É bem fácil entender.

Quem entra na minha casa percebe rapidamente o que valoro. São pilhas de livros, filmes, cd’s e arte de vários tipos de gente, de épocas e lugares diferentes. Plantas, retratos dos amados, corujas – de madeira, cerâmica, vidro e pedra; uma pequena coleção – e bichos de verdade, atualmente Bastet, a gata de 11 anos e peixinhos recém-chegados. Meu amado cão Spock virou estrela há um ano. Sinto saudades !

E o que mais ? Muito sincretismo: Iansã, Feng Shui, espada samurai, deuses japoneses, incensos, altares. Uma espiritualidade ampla permeia minha casa.

Sapatos, bolas, jogos e brinquedos, papéis, mochilas, casacos, às vezes meias ou bonés representantes legítimos dos moradores, da minha família querida.

Também tenho revistas variadas, muitas de turismo, outras tantas de decoração, mas a verdade é que minha bagunçada casa, com tantos objetos, com tantas coisas é repleta de vida, de histórias, de possibilidades.

Vejo casas lindas nas revistas, mas sei que ali são apenas imagens, que falta gente, que faltam odores além da tinta de impressão. Faltam gargalhadas, suspiros, silêncios.

A minha casa não tem jóias, nem ouro, nem dólar, nem prataria. Ela tem exatamente tudo o que eu valoro – família, vida, amigos e objetos queridos, e nada mais.

Lu Abbondati

DO APRENDIZADO DA COPA



Se foram 90 minutos do mais emocionante espetáculo ou do tédio mais profundo não importa, o que importa mesmo é a vitória !

Se foi de 1X0 ou goleada, ou mesmo de gol contra não importa, o que importa mesmo é a vitória !

Se o pênalti não existiu, se quebrou as costelas do adversário, se ludibriou o juiz não importa, o que importa mesmo é a vitória!

O que importa é a festa, a alegria, a cervejada, mesmo que seja tudo uma farsa.

Com esse tipo de mentalidade, como convencer que as virtudes são bacanas, que ética e jogo limpo devem ser princípios para toda uma vida, mesmo que seja uma vida simples, modesta, sem holofotes, sem muita festa, viagens, beijo na boca e capa de revista? Mesmo que seja com pouco dinheiro, extrato negativo e muito trabalho; mesmo que seja para uma vida de todo dia, não só de fins-de-semana, férias ou feriadão?

Mais fácil se corromper, mentir, esquecer as virtudes, se drogar um pouco mais e viver um entusiasmo esquizofrênico, midiático, fictício.

Na verdade, o que importa ?

Lu Abbondati

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